Maria Montillarez 


Sinopse da obra

Irving Mitchell foi mandado para “o raio que O partisse”. Como se sente alguém que é obrigado a deixar tudo para trás, inclusive o grande amor de sua vida? No livro “O raio não O partiu”, Maria Montillarez (ou seria Lucinda da Consolação de Gusmão?) conta ao leitor como é que Irving se sente.

É uma característica dessa autora, iniciar seus romances próximo ao fim, antecipando ao leitor parte do clímax, mas não tira da história suas surpresas, apenas retira de sobre si a fúria enlouquecida do leitor quando, por exemplo, cria tragédias no meio dos seus romances, matando aquele personagem tão querido, pois que a autora já as anunciou no início e o leitor deve estar atento a esse sábio “aviso”. Por isso, este romance “O raio não O partiu” se inicia na quinta parte, e, na sequência tem uma nota da autora e depois a primeira parte, e a partir daí o livro segue a ordem cronológica normal. E a nota da autora diz: “Do sinuoso passado de Irving Mitchell e de todo o cenário a envolvê-lo, extraio as pedras com as quais a estrada dele foi composta. Existe a pretensão de, com elas, ir pavimentando nestas páginas a senda percorrida pelo senhor Mitchell e, em paz com a fidelidade aos fatos, seguir desbravando sua história, conforme me prontifiquei a dispor. Por ora, e por este meio, iremos perscrutar os talhes que o relho da vida desferiu contra este protagonista sempre atingindo, conseguintemente a quem o cercasse, posto ser a vida um organismo gigantesco, emaranhado de outras vidas, e, cada um de nós, por mais que nos sintamos sós n’algum momento dela, é correto dizer que fazemos parte uns dos outros, como se a vida fosse árvore frondosa na qual paramos em folhas, frutos, galhos... Contudo — contudo! — a estrada pavimentada por via desta narração, mudando pedras em caracteres, não será de meu solitário domínio, pois que para o prezado leitor me presto a ser guia. Juntos cobriremos no pavimento pedregoso e também de vastas escarpas, as passadas de Irving Mitchell, nos deleitando ou nos abismando. É defeito de quem escreve — e de quem lê —, os mergulhos imaginários. É nesse magnífico defeito que nos descobrimos livres. A liberdade, portanto, vale a imersão. Dê-me sua mão, caro amigo. Que esta viagem seja producente; saboreemos a companhia mútua, a fim de que nos despeçamos com breve adeus, somente ante o vislumbrar do último caractere desta narrativa.
Andemos.
Maria Montillarez, 2008.”

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