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OS TREZE CONTOS

Gaúcho Valente

Na postagem de hoje, compartilho um conto do meu livro intitulado Os treze contos, disponível em:



CAPÍTULO I
Gaúcho valente!

Todas as manhãs o Tenório acordava cedo para ver o Sol a despontar lá no fundo das coxilhas de seu velho pago. Se pilchava todo para cevar o mate enquanto fazia a prece matinal. E ao roncar da última cuia, já era hora de encilhar o cavalo baio para iniciar a lida com o gado.

Naquela manhã de quarta-feira, enquanto ouvia os quero-queros muito agitados, avistou um animal que não costumava circular pelas redondezas. Mesmo de longe conseguiu perceber que o quadrupede era um animal robusto, maior do que um cavalo, de cor preta e sem rabo. Seu pescoço grosso sustentava uma cabeça grande com três chifres.

Tenório sentiu um arrepio de cima a baixo enquanto o bicho deixava sua vítima estirada no chão e se embrenhava no meio do mato, desaparecendo como um fantasma.

Ao se aproximar, logo se deu conta de que a mimosa, desgraçada, estava sem vida, exaurida de sangue, saído de uma única e assustadora lesão em seu pescoço. Enquanto uma lágrima percorria as marcas de sua face, Tenório jurava vingança. Aquele bicho malvado não poderia fazer outra vítima.

No dia seguinte, antes mesmo de tomar o mate e sentir a energia do Sol, foi esperar o bicho para lhe acertar um tiro bem no meio daquele corpo preto sem alma. Mas, havia chegado tarde. Mais uma novilha havia sido abatida. Não faltava um pedaço de carne, porém o líquido vermelho, que corria por suas veias, fora todo sugado pelo bicho.

Tenório estava ficando assustado porque já era a segunda novilha a ter o fluido da vida sorvido por aquele tipo de lesão no pescoço do animal. Então, amarrou seu cavalo em uma árvore e subiu nela a fim de esperar aquele ser diabólico e matá-lo sem piedade.

Tenório não aguentava mais de fome e sede quando o malvado se aproximou, já no descambar do Sol. Ele foi rápido em pegar sua arma e lhe acertar um tiro bem debaixo do trio de chifres. Mas a bala não perfurou sua cabeça dura e nem o couro grosso e preto da barriga quando acertado pelo segundo tiro. Ao ser atingido, fugiu em disparada se embrenhando no mato pelo mesmo lugar por onde já tinha deixado rastros de circulação frequente.

Tenório e seu fiel companheiro foram para casa com a certeza de que o mostro faria outra vítima no dia seguinte.

Após uma noite atribulada de sono, acordou novamente bem cedo e, montado no baio, foram avaliar a situação, que se confirmou. Mais uma novilha morta.

E foi aí que teve uma ideia. Abriu um buraco bem fundo no caminho por onde o bicho se embrenhava no mato, fazendo uma armadilha infalível.

E lá estava o chifrudo, no fundo do buraco, pulando e se debatendo para fugir, da mesma forma que faziam suas vítimas.

Então, Tenório pegou um galão de combustível e mandou o ser diabólico para o inferno, de onde não devia ter saído.




Os contos do livro são:

CAPÍTULO I - Gaúcho valente!  
CAPÍTULO II - Nas aulas de Horácio  
CAPÍTULO III - A traição 
CAPÍTULO IV - A escola de Catarina  
CAPÍTULO V - Quem é ela? 
CAPÍTULO VI - Prêmio milionário da Mega-Sena  
CAPÍTULO VII - O vigilante    
CAPÍTULO VIII - Casa velha    
CAPÍTULO IX - Carro quebrado  
CAPÍTULO X - A viagem de Daniel
CAPÍTULO XI - O Buraco dos desencontros  
CAPÍTULO XII - A moça da academia 
CAPÍTULO XIII - O Cabelo de Mariana




Acesse https://clubedeautores.com.br/books/search?where=books&what=os+treze+contos e leia os outros contos do livro.


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DIA DA ÁGUA

Dia da Água

Neste dia 22 de março, Dia Mundial da Água, transcrevo aqui no blog uma de minhas poesias.

Imagem disponível em: 
https://pixabay.com/pt/paisagem-quede-de-%C3%A1gua-nascente-277695/


ÁGUA DA VIDA


Água que está na terra,
que também está no ar.
Água que me compõe,
que também é mar.

Água limpa que sai da fonte,
me refresca e me sacia.
Dá vida à semente e
faz terra seca ficar macia.

Sem água não há sentido.
Sem sentido não há por quê.
Sem água, até o amor ficaria contido,
pois de flores não haveria um buquê.


Para ler mais poesias de minha autoria acesse este link

DIA NACIONAL DO ESCRITOR

Hoje, dia 25 de julho é o Dia Nacional do Escritor!


O início da comemoração desta data foi em 1960, neste dia aconteceu o “Primeiro Festival do Escritor Brasileiro”, promovido pela União Brasileira de Escritores, cujo presidente era o escritor João Peregrino Júnior e o vice-presidente era o poeta e escritor Jorge Amado.

Ser escritor é tentar atingir a alma do leitor, é tentar transformar o seu eu, é buscar lá do fundo do sentimento as palavras certas para sensibilizar aquele que lê.

Ser escritor é maravilhoso, pois a partir das palavras pode-se voltar a ser criança, pode-se viajar por entre os mundos criados na imaginação e viver o personagem criado a partir de uma ideia.


Conheça os livros que escrevi em: