Mostrando postagens com marcador Rio Grande do Sul. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Rio Grande do Sul. Mostrar todas as postagens

Meliponicultura

 A importância das abelhas nativas sem ferrão no mundo 

Atualmente, depois de 100 milhões de anos de evolução, as abelhas com ou sem ferrão, somam mais de 20.000 espécies no mundo. Sua importância para a manutenção da vida na Terra é irrefutável. 

A população mundial vem aumentando consideravelmente nas últimas décadas e por isso, a quantidade de alimento deve ser suficiente para a manutenção da vida. 

Com o avanço exponencial das Novas Tecnologias surgem novas formas de otimizar e aumentar a produção de alimento, porém muitas vezes, certas práticas agroindustriais provocam a redução ou até mesmo a extinção de algumas espécies da fauna e as abelhas estão nesta lista. 

Sendo assim, qualquer atividade humana que tem por objetivo preservar os recursos naturais é válida e plausível. 

Meliponicultura, criação racional de abelhas nativas sem ferrão, seja para fins comerciais ou como hobby, garante a preservação de parte das espécies de abelhas, imensamente responsáveis pela polinização e consequente aumento da produção de alimento para o ser humano. 

Neste sentido, o livro apresenta a importância das abelhas nativas sem ferrão na natureza e as vantagens da Meliponicultura. Apresenta a anatomia das abelhas, sua divisão em castas, ciclo de vida e nidificação. Cita a legislação referente à Meliponicultura e indica as maneiras ecologicamente corretas de obtenção de colônias para iniciar a criação das abelhas em caixas racionais. 

A obra também mostra a produção das incansáveis abelhas e evidencia as propriedades nutricionais e terapêuticas do mel nativo. Por fim, dá dicas de como construir e manejar um meliponário, bem como os cuidados necessários para obter sucesso no início da atividade, seja para fins comerciais ou como hobby.

 

O início da Meliponicultura

"Em janeiro de 2017, enquanto eu fazia um reparo em um muro de contenção, encontrei uma pequena colmeia de abelhas da espécie Mirim Droryana (Plebeia droryana). 

A fragilidade das pequenas abelhas me fez parar o conserto no muro para construir uma caixa de madeira a fim de acomodar a colmeia. 

Com muito cuidado transferi a colmeia para a caixa de madeira e fui acompanhando a sua adaptação ao longo dos dias. 

Assim, surgiu meu interesse pela Meliponicultura. 

Foi então, que comecei a estudar um pouco sobre as abelhas nativas sem ferrão (conhecidas como abelhas mirins). Fiz a leitura de alguns livros, realizei cursos e participei de seminários, além de assistir a vídeos sobre o assunto e conversar com outros meliponicultures. 

Aprendi como obter mais colmeias e acompanhei de perto o desenvolvimento de cada uma das colônias. Fiz centenas de fotos, acertei, errei, perdi algumas colmeias pelos invasores naturais, mas também pude saborear seu delicioso mel. 

Humildemente, compartilho com você meus estudos, acertos e erros, fotos, considerações e a certeza de estar fazendo minha parte para a preservação de algumas espécies de abelhas nativas sem ferrão." 

O autor

 

Boa leitura!


Veja como iniciar a criação de abelhas nativas sem ferrão neste livro em PDF



Meliponicultura para iniciantes

OS TREZE CONTOS

Gaúcho Valente

Na postagem de hoje, compartilho um conto do meu livro intitulado Os treze contos, disponível em:



CAPÍTULO I
Gaúcho valente!

Todas as manhãs o Tenório acordava cedo para ver o Sol a despontar lá no fundo das coxilhas de seu velho pago. Se pilchava todo para cevar o mate enquanto fazia a prece matinal. E ao roncar da última cuia, já era hora de encilhar o cavalo baio para iniciar a lida com o gado.

Naquela manhã de quarta-feira, enquanto ouvia os quero-queros muito agitados, avistou um animal que não costumava circular pelas redondezas. Mesmo de longe conseguiu perceber que o quadrupede era um animal robusto, maior do que um cavalo, de cor preta e sem rabo. Seu pescoço grosso sustentava uma cabeça grande com três chifres.

Tenório sentiu um arrepio de cima a baixo enquanto o bicho deixava sua vítima estirada no chão e se embrenhava no meio do mato, desaparecendo como um fantasma.

Ao se aproximar, logo se deu conta de que a mimosa, desgraçada, estava sem vida, exaurida de sangue, saído de uma única e assustadora lesão em seu pescoço. Enquanto uma lágrima percorria as marcas de sua face, Tenório jurava vingança. Aquele bicho malvado não poderia fazer outra vítima.

No dia seguinte, antes mesmo de tomar o mate e sentir a energia do Sol, foi esperar o bicho para lhe acertar um tiro bem no meio daquele corpo preto sem alma. Mas, havia chegado tarde. Mais uma novilha havia sido abatida. Não faltava um pedaço de carne, porém o líquido vermelho, que corria por suas veias, fora todo sugado pelo bicho.

Tenório estava ficando assustado porque já era a segunda novilha a ter o fluido da vida sorvido por aquele tipo de lesão no pescoço do animal. Então, amarrou seu cavalo em uma árvore e subiu nela a fim de esperar aquele ser diabólico e matá-lo sem piedade.

Tenório não aguentava mais de fome e sede quando o malvado se aproximou, já no descambar do Sol. Ele foi rápido em pegar sua arma e lhe acertar um tiro bem debaixo do trio de chifres. Mas a bala não perfurou sua cabeça dura e nem o couro grosso e preto da barriga quando acertado pelo segundo tiro. Ao ser atingido, fugiu em disparada se embrenhando no mato pelo mesmo lugar por onde já tinha deixado rastros de circulação frequente.

Tenório e seu fiel companheiro foram para casa com a certeza de que o mostro faria outra vítima no dia seguinte.

Após uma noite atribulada de sono, acordou novamente bem cedo e, montado no baio, foram avaliar a situação, que se confirmou. Mais uma novilha morta.

E foi aí que teve uma ideia. Abriu um buraco bem fundo no caminho por onde o bicho se embrenhava no mato, fazendo uma armadilha infalível.

E lá estava o chifrudo, no fundo do buraco, pulando e se debatendo para fugir, da mesma forma que faziam suas vítimas.

Então, Tenório pegou um galão de combustível e mandou o ser diabólico para o inferno, de onde não devia ter saído.




Os contos do livro são:

CAPÍTULO I - Gaúcho valente!  
CAPÍTULO II - Nas aulas de Horácio  
CAPÍTULO III - A traição 
CAPÍTULO IV - A escola de Catarina  
CAPÍTULO V - Quem é ela? 
CAPÍTULO VI - Prêmio milionário da Mega-Sena  
CAPÍTULO VII - O vigilante    
CAPÍTULO VIII - Casa velha    
CAPÍTULO IX - Carro quebrado  
CAPÍTULO X - A viagem de Daniel
CAPÍTULO XI - O Buraco dos desencontros  
CAPÍTULO XII - A moça da academia 
CAPÍTULO XIII - O Cabelo de Mariana




Acesse https://clubedeautores.com.br/books/search?where=books&what=os+treze+contos e leia os outros contos do livro.


#contosdosul #gaúcho #riograndedosul #livrodecontos

A MATEMÁTICA NA AGRICULTURA

Por Rubie José Giordani
Professor de Matemática
Especialista em Matemática
Técnico em Informática

A Matemática na Agricultura

Não há como pensar em Matemática sem relacioná-la também com os fenômenos da natureza. O homem, muito antes da construção das pirâmides no Egito, um dos símbolos da aplicação da Matemática na engenharia há quase 5 000 anos, já fazia o uso desta Ciência para controlar as inundações do rio Nilo observando as estrelas, que anunciavam as cheias dependendo da posição de certas constelações no céu. Como este ciclo se repetia e as plantações às margens do rio Nilo ocorriam em determinadas épocas no intervalo destas repetições, já naquela época foi possível estabelecer um calendário muito parecido ao usado atualmente. Outras evidências da utilização de processos matemáticos nos primórdios é o controle dos rebanhos que se fazia através de marcações em ossos, pedaços de madeira ou montes de pedrinhas.

Atualmente, listar as inúmeras aplicações da Matemática seria exaustivo, por que ela está em toda a parte. Por isso, aqui o enfoque será a sua aplicação em algumas atividades básicas desenvolvidas na Agricultura.


Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/paisagem-natureza-colza-campo-3369304/

Iniciando pelo preparo da terra, desde a interpretação da análise do solo até o cultivo, a Matemática é imprescindível para determinar as quantidades de insumos, sementes, defensivos, horas de máquinas e combustível necessários para a implantação de uma cultura, além de outros cálculos que permitem satisfazer a curiosidade. Por exemplo, se para corrigir a acidez do solo são necessárias 5 toneladas de calcário por hectare e a lavoura é de 8 hectares, então serão necessárias 40 000 kg de calcário para tornar o solo menos ácido. Em relação ao adubo, se são necessários 450 kg por hectare, então 3 600 kg deverão ser espalhados na lavoura.  As possibilidades de cálculos são diversas, por exemplo, é possível saber que é necessário 480 000 sementes para cultivar a área total já que em um saco de sementes há 60 000 e que isso é suficiente para um hectare. Através da estimativa da germinação que gira em torno de 90 %, calcular o número aproximado de plantas, no caso 432 000, que estão crescendo na medida em que os dias passam no calendário.

Na colheita, além da facilidade de medir a produção em sacas e transformar em kg ou toneladas, calcular a perda devido à umidade e impurezas maior que a aceitável para a comercialização e encontrar o valor recebido pela venda é possível calcular o número de grãos colhidos e dessa maneira entender a relação existente entre a quantidade de sementes lançadas ao solo e a quantidade de grãos cultivada. Para tanto, basta obter a massa em gramas de 100 grãos, multiplicar o número de grãos pesados pela produção total em kg e dividir pela massa dos 100 grãos e ao final multiplicar por 1 000, pois 1kg = 1000 gramas. Se 100 grãos possuem uma massa de 50 gramas, e a produção dos 8 hectares foi de 100 000 kg, então 100 grãos x 100 000 kg / 50 g = 20 000 x 1000 = 200 000 000 de grãos colhidos. Como germinaram 432 000 sementes, então 200 000 000 / 432 000 = 462,96 grãos, ou seja, a relação entre cada semente lançada ao solo e a produção foi de 1 para 462,96. Um rendimento alto, não é mesmo? Claro que nenhum agricultor precisa fazer este cálculo, mas a Matemática permite esta façanha.

Tirando os olhos do chão e direcionando-os para o céu, a Matemática pode ser usada para controlar a precipitação pluviométrica, que é de fundamental importância para saber o momento de irrigar. Pois, se a cultura necessita, por exemplo, de 400 mm de chuva em seu ciclo e esta quantidade natural de água não foi suficiente, será necessário calcular a água que deverá ou deveria ser aplicada de forma artificial para que não haja perdas na produção. Supondo que a chuva durante o ciclo da cultura foi de 350 mm, então, faltarão 50 mm, que corresponde a uma lâmina d´água de 50 litros espalhados em 1 m², logo, serão necessários 500 000 litros de água por hectare ou 4 000 000 litros (4 000 m³) de água na lavoura de 8 hectares. Por isso, a importância de preservar as fontes de água e construção de cisternas a fim de  armazenar a água da chuva para irrigar em momentos de estiagem ou precipitação insuficiente.

Usando um raciocínio semelhante é possível realizar cálculos para controlar as despesas e as receitas envolvidas na cultura. Por exemplo, se o custo por hectare for x, então para y hectares, basta multiplicar x por y. Simples, não é mesmo? A Matemática do dia a dia é assim: simples. Neste sentido, o controle permanente das despesas e receitas através de operações matemáticas elementares auxilia o produtor a administrar a propriedade e obter sucesso financeiro. Tabelas e gráficos também são ferramentas matemáticas que permitem acompanhamento, análise e comparação das despesas e receitas entre as safras, permitindo assim, a tomada de decisões que afetam positivamente os lucros.

Muito tempo passou desde o cultivo das terras egípcias até os dias atuais, o desenvolvimento da tecnologia facilitou muito o trabalho no campo, o aumento da produção é notável e os lucros mais animadores, mas a Matemática continua sendo uma ferramenta básica e ao mesmo tempo fundamental para o planejamento e manutenção das culturas, garantindo assim, a continuidade deste setor tão importante para a manutenção da vida humana na Terra.


O texto acima foi publicado na íntegra na Revista da Associação Gaúcha de Professores Técnicos de Ensino Agrícola em 2015.


DIA DO GAÚCHO

REVOLUÇÃO FARROUPILHA (20 DE SETEMBRO)

Para comemorar esta data segue uma de minhas poesias.

GAÚCHO FORTE

O Sol vem cedo se aprochegando pela querência,
enquanto o gaúcho ceva o mate já pilchado.
Ao ouvir o ronco da última cuia,
já é hora de o cavalo estar encilhado.

Abre a porteira e sai troteando na lida
pelas coxilhas cobertas de branca geada.
A mão que apertou os arreios e segura o laço
é a mesma que acaricia a prenda amada.

A labuta é árdua pelas invernadas
mas, manter a tradição é o pagamento.
Com força e coragem, trabalha duro
para por à mesa da família o alimento.

Enquanto ouve a sinfonia dos quero-queros,
sente forte no peito a saudade do antigo pago.
Saudade que logo esquece dançando vanera
pelos fandangos, onde a prenda, lhe faz um afago.

Eta gaúcho forte, que sirva mesmo suas façanhas de modelo
aos que não conhecem nosso belo do sul Rio Grande.



Para contextualizar o Dia do Gaúcho segue um breve texto cuja fonte é : https://www.calendarr.com/brasil/dia-do-gaucho/

A Revolução Farroupilha, também conhecida como Dia do Gaúcho, é celebrado em 20 de setembro. Esta data é considerada feriado estadual no Rio Grande do Sul.

O Dia do Gaúcho consiste numa homenagem a um dos episódios históricos mais importantes para a comunidade gaúcha: a Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos, que teve início em 20 de setembro de 1835 e terminou em 1º de maio de 1845, período que passou a história deste estado como o "Decênio Heroico".

A Revolução Farroupilha foi uma revolta regional contra o Governo Imperial do Brasil na qual os revoltosos queriam separar-se do Império do Brasil. Durou aproximadamente 10 anos e recebeu este nome por conta dos farrapos que seus participantes vestiam. A revolução chegou ao fim após ser feito um acordo de paz entre as partes envolvidas.

O Dia do Gaúcho está incluído dentro da Semana da Farroupilha, uma celebração da cultura e das tradições gaúchas, que ocorre anualmente entre 14 e 20 de setembro, no estado brasileiro do Rio Grande do Sul.

Tradicionalmente, durante o Dia do Gaúcho, são organizadas festas nos CTG’s (Centros de Tradição Gaúcha) que ressaltam os costumes típicos deste povo, como a culinária, vestimentas, danças e apresentações musicais.