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O JARDIM DA FÍSICA

O Jardim da Física


Hoje compartilho um pequeno trecho do meu primeiro livro, "O Jardim da Física":

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À tarde, Thomas deu uma circulada pelo grande jardim, quando deu de cara com uma porta entreaberta da casa. Aproximou-se e pôde perceber que era uma espécie de minibiblioteca que estava sendo montada pela professora. Os livros estavam colocados de qualquer jeito, pois ela havia se mudado há pouco e ainda não teve tempo para organizá-los. Não resistiu e entrou. Apanhou um livro e começou a ler. A leitura estava tão agradável que não notou o tempo passar. Após ler algumas páginas, foi interrompido pela seguinte frase:  
_ A leitura é realmente fascinante, não é verdade?
Quando Thomas ouviu a voz e viu Cindy em sua frente, levou um susto suficiente para deixar o livro cair. Naquele momento pensou que seria despedido. Quando ela se aproximou, os dois se abaixaram ao mesmo tempo. Porém, Cindy foi quem pegou o livro, que ao devolver na mão de Thomas o convidou para ver os outros títulos. 
Enquanto procurava o livro que esquecera, ia falando:
_ O conhecimento é o tesouro mais precioso que o homem pode ter. Podemos perder todos os bens, mas ninguém pode nos tirar o conhecimento que adquirimos.
Thomas ficou atônito, a única coisa que mexia eram os olhos, que acompanhavam os movimentos sedutores de Cindy enquanto procurava o livro. Enquanto isso, ela ia tecendo seus comentários a respeito do conhecimento.
_ O conhecimento é a relação entre dois seres de tal forma que ambos aprendem, assimilam, incorporam, interiorizam o outro, ou algumas partes, aspectos ou traços desse outro.
Cindy fez uma pausa parecendo que ia parar de falar, mas logo continuou.
_ Nascemos e conosco nasce essa vontade que nutre a curiosidade de conhecer as coisas que nos cercam, bem como aos outros e a nós mesmos. Quando somos crianças, ainda não sabemos a forma correta de obter conhecimento, daí assimilamos, interiorizamos, no sentido mais literal da palavra, este mundo que nos rodeia.
E levando a mão aos seus sedosos lábios, continuou:
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FOGÃO A LENHA

Fogão a lenha

Hoje acendi o fogo.


Não é meu costume. Meu fogão a lenha não passa de um móvel qualquer na cozinha, praticamente sem uso. Por isso, eu mantenho distância. Não vejo motivo para ficar perto dele. Meu fogão a lenha não passa de uma espécie de balcão, onde coloco alguns objetos sobre sua tampa.

Na verdade, meu fogão a lenha exerce muito pouco sua verdadeira função: aquecer.

Meu fogão a lenha é frio, próprio das coisas feitas de ferro, que absorvem muito o nosso calor, mais do que a madeira, que é aconchegante e quente por si só.

Hoje acendi o fogo.

Fonte: O autor.

Aos poucos me senti atraído por aquele calor, aquela energia que provinha do mesmo móvel de ferro que antes eu mantinha distância.

Diante do fogo, perto do calor, me sinto bem. Sinto-me acolhido e acompanhado.

Cada pedaço de lenha que eu coloco é a garantia da continuidade do fogo e a garantia de mandar o frio para longe.

Quando eu demoro um pouco para colocar mais lenha, o calor diminui. E assim, eu fico observando este fogo que transforma a lenha em calor, em energia, em vida, em aconchego, em companhia.

Às vezes, nós seres humanos somos como o fogão a lenha sem fogo, sem energia, sem calor, sem vida, sem utilidade para os demais, sem motivo para que os outros fiquem perto. 

Ainda bem que, às vezes, encontramos algumas pessoas que são como o fogão a lenha aceso. Pessoas que nos atraem por sua energia, que nos fazem sentir aconchego, que nos fazem querem se aproximar. Pessoas de bem, que deixam transparecer sua energia sem a necessidade de impor uma bondade falsa, de pessoas que se dizem do bem e que na verdade não passa de puro moralismo sistêmico.

Ainda bem que, às vezes, encontramos pessoas que são como a lenha, que alimentam nosso fogo vital e possamos também ser como o fogão a lenha aceso, a fim de aproximar as pessoas!



#calor, #aconchego, #energia


Por Rubie José Giordani

Professor de Matemática e Informática

Especialista em Matemática

Técnico em Informática

 




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Leia também o texto "Frio e sensação térmica", disponível em: https://rubieautor.blogspot.com/2018/06/frio-e-sensacao-termica-os.html

MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

Hoje, dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente


Muitas atividades foram realizadas para conscientizar a população mundial sobre a importância de se cuidar da natureza.


Fonte da imagem: Pixaby/Geralt

Provavelmente a maior concentração de atividades alusivas ao tema foi nas escolas, onde as crianças e adolescentes foram sensibilizados, através de vídeos, leitura de artigos, poesias, confecção de cartazes e trabalhos voluntários de limpeza.

Também devem ter aprendido que um ambiente sustentável é aquele que possui a capacidade natural de se manter e se recompor apesar da interferência de outros seres.

E é aí que o problema começa!

No que diz respeito ao ser humano, sua interferência no Meio Ambiente, através da extração de recursos naturais não renováveis e a geração descontrolada de resíduos, torna o planeta insustentável.

Este rastro humano, chamado Pegada Ecológica, compromete significativamente a qualidade de vida da geração atual e a disponibilidade de recursos naturais básicos para as gerações futuras.

Eu sei que para uma atividade humana ser sustentável basta se apoiar nos três pilares básicos: socialmente justa, ecologicamente correta e economicamente viável.

Mas, é preciso que no Meio Ambiente real, as crianças e adolescentes, ao se tornarem adultos, pratiquem de fato aquilo que foi assistido, lido, produzido e desenhado num cartaz e não sejam corrompidas e manipuladas pelo sistema.

A fim de saber mais sobre o consumo sustentável, Meio Ambiente e muito mais, acesse o site da WWF do Brasil em https://www.wwf.org.br/ 

Você também pode assistir ao vídeo sobre o consumo responsável disponível aqui

Se preferir, pode assistir a este vídeo que mostra a História das coisas

FRIO E SENSAÇÃO TÉRMICA

Por que sentimos frio?

Os comentários sobre o tempo são muitos: “A noite passada foi a mais fria do ano”, “Esta semana será muito chuvosa”, “Hoje está muito calor”, “O tempo amanhã será bom”, entre outros.

Aliás, o tempo é bom dependendo do que estamos fazendo ou queremos fazer, não é mesmo?

Se pretendermos sair de casa para um passeio com a família queremos que faça um belo dia de sol, mas os turistas que gostam de curtir os dias gelados aqui do Sul, e até mesmo ver a neve cair nos dias de temperaturas negativas, querem que o dia seja muito frio. Porém, para o agricultor que sofre com uma estiagem, tempo bom é exatamente quando chove (mas não muito, é claro).

Muitas pessoas preferem o verão, outras dizem que preferem o inverno, mas quando o frio é muito intenso todos se agasalham bem e há sempre aqueles que dizem: “O frio é psicológico”.

Mas afinal, o frio é psicológico ou não é?

Tudo é uma questão de Ciência. A sensação de frio está associada a uma região do cérebro que interpreta os sinais enviados pelas ramificações de células que ficam logo abaixo da pele, que por sua vez, captam como está a temperatura ambiente. A interpretação que esta região do cérebro faz é no sentido de identificar se a temperatura é agradável ou não, se o frio é por todo o corpo ou se é somente nas mãos ou nos pés, por exemplo.

Após esta análise, outra região do cérebro executa funções que nos faz ficar arrepiados, tremer, procurar mais agasalho ou comida para aquecer o corpo. Esse comportamento fisiológico é igual para todas as pessoas. Mas a forma como cada um reage ao frio, varia de pessoa para pessoa. Talvez seja por isso que as pessoas dizem que o frio é psicológico. Mas não é.

O frio sentido por nós, obviamente, está diretamente relacionado com a quantidade de roupas que estamos usando, a atividade física desenvolvida, a quantidade de gordura no corpo ou se estamos em um ambiente com ou sem vento, já que a sensação térmica é o resultado da combinação da temperatura informada pelo termômetro e a velocidade do vento, que ao passar pelo nosso corpo retira calor, nos dando a sensação de que o dia está muito mais frio do que realmente está.

Quando ouvimos o pessoal da meteorologia informar valores para a sensação térmica, o fazem baseados em fórmulas matemáticas ou tabelas de conversão, na qual relacionam a temperatura ambiente, a umidade do ar e a velocidade do vento, chegando a um valor aproximado para a sensação térmica, que é uma temperatura, digamos, virtual.

Por exemplo, em um dia em que os termômetros marcam 3 graus Célsius, a sensação térmica pode variar de 2 graus Célsius ou até mesmo aos congelantes 15 graus negativos, dependendo da velocidade do vento e da umidade do ar.

Assim, a Matemática e a Física até podem ser usadas para tentar calcular o frio que sentimos, mas que a sensação térmica é relativa e fisiológica, isso não há o que se discutir, nem tão pouco, é obvio, que se estamos sentindo frio é porque precisamos vestir mais roupas.


Fonte da imagem: Pixaby/Myriams-fotos


Por Rubie José Giordani

Professor de Matemática e Informática

Especialista em Matemática

Técnico em Informática



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