Nossa relação com o dinheiro
A relação que o ser
humano tem com o dinheiro é algo muito importante na vida, pois todos os meses
há dois acontecimentos financeiros: entrada de
dinheiro e pagamento de dívidas. Normalmente
há somente uma ou poucas entradas de dinheiro, porém, há diversas saídas
através do pagamento das dívidas, que podem ser:
· Dívidas de compras de bens,
produtos ou serviços antecipados;
Ou
· Dívidas de compras de bens, produtos
ou serviços atuais.
É muito importante
e necessário controlar estas entradas e saídas de maneira que o saldo fique sempre positivo.
Saldo positivo
Ter saldo positivo significa maior poder de compra, pois com o dinheiro em mão é possível comprar à vista. E compras à vista, normalmente possuem descontos.
Isso torna as finanças mais coerentes, pois adiantar a aquisição de um bem ou serviço sem ter o saldo positivo, significa menor poder de compra ao longo da vida financeira. O pagamento das dívidas deverá ser cumprido em época futura e para isso, são cobrados acréscimos que atrasam as finanças e comprometem ainda mais os negócios futuros do indivíduo ou da família.
Estes acréscimos nos valores
prejudicam o orçamento tanto a curto, médio ou longo prazo, pois há o pagamento
de valores que seriam desnecessários se caso fossem pagos no momento da
aquisição da mercadoria ou serviço.
Renda fixa ou variável = saldo positivo
Obviamente, para
tentar possuir o saldo sempre positivo é necessário ter um emprego fixo para obtenção
de renda. Porém, nada impede que o saldo seja positivo, mesmo para aquelas pessoas
que possuem renda variável.
Se a renda for fixa
nunca comprometa todo o salário.
Se a renda for
variável, planeje seus gastos a partir da média dos rendimentos (faça, por
exemplo, a média dos últimos seis rendimentos) e também nunca comprometa toda a
média dos rendimentos com a compra de mercadorias ou serviços.
Comprometer todo o
rendimento ou toda a média de rendimentos com aquisições de produtos ou
serviços durante muitos meses seguidos, certamente fragilizará o orçamento e as
dívidas aparecerão de maneira cumulativa, o que comprometerá consideravelmente
o sucesso financeiro do indivíduo ou da família.
Estar com saldo
positivo, não significa somente ter dinheiro de sobra, significa ter mais
tranquilidade, mais disposição e mais qualidade de vida.
Dinheiro trás felicidade?
O dinheiro pode
trazer momentos de felicidade. Isso é óbvio, aceito como verdadeiro por todos.
Indiscutível. Mas, “Jamais esqueça que sua riqueza não está nas coisas que
você possui, mas naquelas que você ‘jamais’ trocaria por dinheiro...”
A felicidade pode
ser atingida através do uso de dinheiro para o deslocamento até um local em que
se imagina que seja possível ser feliz. Quem não gosta de viajar? Viajar
permite conhecer outros lugares, outras pessoas, provar outras comidas e
bebidas... Isso até pode permitir momentos de felicidade.
O dinheiro permite
adquirir bens ou serviços que tornam o indivíduo feliz por ter adquirido uma
televisão nova, por exemplo, ou ficar feliz por ter trocado de automóvel, ou
ficar feliz por ter comprado aquela roupa que tanto desejava ou ainda, ficar
feliz por usar um serviço de estética ou massagem...
Qualquer um pode estar
feliz por possuir algum bem, fazer algo ou adquirir um serviço, mas ser feliz é
mais do que ter, fazer ou consumir.
Felicidade não se
compra.
Felicidade é um
sentimento inerente ao ser humano e depende de diversos fatores e estado de
espírito.
Logo aquela televisão
nova já não agrada mais. O automóvel começa a dar problemas mecânicos e mais
gastos. A roupa nova que deixou o indivíduo feliz já não está mais na moda, a
viagem dos sonhos acabou, a maquiagem ficou borrada e a rotina volta ao normal.
E a felicidade passa
a ser condicionada à aquisição de novos bens.
A aquisição de bens
e serviços para estar feliz pode gerar a falta de dinheiro. E falta de dinheiro
gera dívidas. E dívida gera intranquilidade, inquietação, ansiedade e depressão.
E dessa forma é muito difícil ser feliz.
Relação entre dinheiro e qualidade de vida
A relação que cada
indivíduo ou família tem com o dinheiro interfere na vida pessoal, sentimental
e profissional desta, pois uma pessoa que possui dívidas e está com
dificuldades para cumprir com suas obrigações financeiras fica preocupada,
ansiosa, nervosa, deprimida e prejudica o desempenho das funções familiares,
sociais e profissionais.
A relação que cada
indivíduo deve ter com o dinheiro não pode ser, em hipótese alguma, de escravidão, mas sim, de facilitação.
O dinheiro facilita a vida, trás conforto físico e espiritual, boa alimentação, bons estudos, boas roupas, boas viagens, acesso às novas tecnologias entre outras aquisições necessárias para melhorar a qualidade de vida que é algo que vai além de simplesmente ter poder de compra.
O dinheiro deve ser
visto como uma ferramenta que oportuniza momentos em que a qualidade de vida
pode estar melhor.
Entre as inúmeras
condições que contribuem para melhorar a qualidade de vida, uma delas é
saber gastar o dinheiro com consciência, planejamento e racionamento, sem
culpa, sem medo e, principalmente, usando a Matemática como ferramenta
indispensável no processo de controle das finanças.
Pois, quando a Matemática não for usada para controlar o orçamento e a qualidade de vida for atingida com pouco dinheiro ou como resultado de empréstimos, acúmulo dívidas, problemas emocionais e dificuldades de relacionamento com amigos e familiares, a felicidade dura muito pouco.
Conheça o livro Gestão das Finanças Pessoais
#finanças